quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pecados...Pecados...

Não sei porque condenam tanto aqueles que amam o dinheiro, sapatos, bolsas, jóias, alta tecnologia! Acho pura hipocrisia.

Fato é... Não podemos viver sem coisas materiais, ainda mais em nossa sociedade, onde se é necessário ter para ser aceito. Vivemos na era da visão, acredito que a visão manipula nossas ações e instintos cada vez mais, e isso acaba gerando o comportamento que temos observado e tanto criticado.

Quando vemos algo de boa aparência, de acordo com os padrões da sociedade atual, logo queremos, nem sempre podemos ter. Se vemos alguém que tenha o nosso objeto de desejo desejamos esse alguém. Só o fato de poder estar perto daquilo já causa um certo prazer. Quando nos é possível ter é incalculável o prazer que temos ao tocar, ao vestir, ao se ver possuindo a tal coisa. Olhar-se no espelho e sentir-se bem com sua aparência causa uma espécie orgasmo na alma.

Mais provas dessa importância são os novos requisitos para vagas de emprego: “Procura-se jovem de boa aparência” . Jovens de boa aparência convencem mais, as pessoas querem estar com eles, querem agradá-los, esses são altamente harmônicos à sua visão. Além disso tudo normalmente eles são aqueles que sabem tudo sobre as últimas novidades do mercado e lhe trarão mais informações sobre novos objetos de desejo e prazer.(Hmm ficou estranho isso né?! Me senti dona de sexy shop agora. Mas enfim, vocês entenderam que não é bem esse o sentido da coisa não é?)

Outro grande motivo para nosso amor e adoração por coisas,objetos, é certamente o fato de que eles nunca irão te magoar. Como poderei eu não amar, não adorar algo que não irá me fazer sofrer nunca? Objetos não nos enganam, não mentem não nos deixam esperando, não nos fazem sentir impotentes, sem graça.

Agora me diga sociedade... Por que me condenas por meu amor a meus sapatos? Eles me fazem sentir maravilhosa. Me dão prazer... E não me decepcionam!

“Because we are living in a material world and I, I`m a material girl!” Madonna

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Jogos de Interesse...

Não adianta tentar me convencer de que não há interesse em sentimentos
No amor
Na amizade
Em tudo há interesse, ainda que inconsciente.
O ser humano depende do outro

Procura proximidade daquele que lhe convém
Daqueles que lhe garantirão a saciedade do maior número possível de necessidades
Alguns têm necessidade de dinheiro, outros de sexo, de crescer no trabalho, de uma boa conversa, de atenção, ou até apenas um cafuné pode resolver os problemas de alguns. Palavras de conforto, de incentivo, um abraço, um beijo... Qualquer coisa pode gerar dependência de um indivíduo para com o outro.
O problema é que a sociedade considera “feio”, condena apenas o interesse sexual, por dinheiro ou coisas de gênero.

Acho isso tudo muito engraçado.

Eu digo e assumo tenho interesse em meus amigos. Mas tenho naqueles que têm interesse em mim. Eu não sei o motivo deles, mas eles se interessarem por mim me interessa.
A Ju, por exemplo, me interessa porque eu sei que posso contar com ela em todos os momentos, ela sempre me tira da fossa, posso me abrir e falar todas as porcarias e seriedades que se passam na cabeça.
Já com a Ana compartilho requintes, experiências, viagens, cultura desde a época de colégio. E essa troca de informações é altamente importante e prazerosa para mim.

Tem gente que me conquista com um toque, com um carinho...
Baseando-me em minhas experiências procuro explicar a ausência, aquela hora que nos sentimos na ponta do Titanic, de cara para a geleira, você olha em volta e vê nada além de sua sombra.

É isso que acontece provavelmente nessas horas os seus amigos, parentes, enfim... Terão outras necessidades para suprir que não são o seu consolo. Talvez uma necessidade carnal, talvez uma monetária, mas com certeza não será o meu problema com meu trabalho, ou com o meu sentimento de incapacidade.
Enfim... Escrevo hoje não só com a intensão de desabafo, mas também com a intenção de alerta. Se existe uma verdade absoluta na qual eu acredito, é que todo ser humano já se sentiu sozinho e abandonado em uma fase difícil. 

Mas deixo claro que não é por entender que eu aceite algo. Muitas vezes quando temos muita expectativa na cumplicidade de alguém e essa pessoa lhe deixa na mão magoa muito. Um fato: Nem sempre essa ferida pode ser apagada. Então acredito que devo, ou devemos ter muita cautela com os sentimentos daqueles que nos oferecem algo que necessitamos.

"Desencane" do normal ser louco é muito mais legal!